filho sedação

Meu filho vai precisar de anestesia e sedação, e agora Dr. Ana?

Quando se trata de cuidados odontológicos em crianças, a anestesia e sedação são frequentemente necessárias para garantir que a experiência seja confortável e segura. Ambas as técnicas envolvem o uso de medicamentos para reduzir a dor e a ansiedade durante o procedimento dentário.

Imagino que você deve ter dúvidas sobre o assunto, mas não se preocupe, continue a leitura que vou te explicar tudo!

 

Qual a diferença entre anestesia e sedação?

A anestesia é geralmente administrada por meio de injeção, gel ou spray aplicados na área a ser tratada para que a criança não sinta dor durante o procedimento. A sedação, por outro lado, envolve o uso de medicamentos para ajudar a relaxar a criança e reduzir a ansiedade durante o procedimento. A sedação pode variar de leve a profunda, dependendo do tipo de procedimento e das necessidades da criança.

É importante lembrar que tanto a anestesia quanto a sedação devem ser administradas por um profissional de saúde qualificado e experiente. Antes de qualquer procedimento odontológico, o odontopediatra deve avaliar cuidadosamente a saúde geral da criança e determinar qual técnica é mais adequada para ela.

 

Em quais casos a sedação é indicada? 

 

Sedação é um assunto sério, portanto não deve ser realizada como rotina e nem ser utilizada como primeira opção de tratamento! 

Geralmente é indicada em casos de intervenções que demandam maior tempo de execução como um tratamento de canal, abcesso ou extração dentária! 

Enquanto a anestesia e sedação podem ajudar a tornar a experiência odontológica mais confortável para a criança, é importante lembrar que essas técnicas não devem ser usadas como uma solução para um comportamento inadequado, já que até os seis anos de idade, há um risco aumentado de efeitos adversos. 

 

Existem riscos na aplicação de anestesia e sedação?

 

Sim, mesmo não sendo muito comum, eles ainda existem!
A maior preocupação está relacionada à possibilidade de a criança acabar passando para um nível mais profundo de sedação que o almejado, caso isso aconteça e não for identificado rapidamente, as vias aéreas podem se obstruir e a criança ter uma parada cardiorrespitarória. 

Mesmo sendo incomum, é importante tomar cuidado, principalmente com crianças mais novas e com as que têm sobrepeso, obesidade ou problemas de desenvolvimento por conta da vulnerabilidade. 

 

Cuidados que família pode ter

Se o profissional dentista disser que seu filho precisa de uma sedação infantil, primeiramente questione a necessidade e tente entender o porquê desta indicação, para que assim, possam entender que se existem outras alternativas menos invasivas e arriscadas. 

Caso exista a necessidade real, pergunte sobre o tipo de sedação e anestesia, o nível pretendido e principalmente, os riscos, confira se o profissional é realmente qualificado para realizar esse procedimento e se está preparado para atender as possíveis intercorrências. 

Se for indicada sedação profunda ou geral, é recomendável que procure uma segunda opção, só para ter certeza que essa é a única e melhor opção. 

De forma geral, as sedações são seguras e devem ser feitas por um profissional com formação específica na área, sendo uma exigência do Conselho Federal de Odontologia!

 

Tipos de anestesia

Infiltrativa: com uma agulha curta o profissional irá entrar na dobra da mucosa oral vestibular no sentido do eixo do dente, colocando o anestésico o mais perto do ponto mais alto do dente que deverá ser anestesiado;

Interpapilar, papilar ou transpapilar: também é feito com o auxílio de uma agulha curta, que será colocada na papila, injetando algumas gotas do líquido anestésico;

Bloqueio regional: aplicada quando é feito o trabalho em mais do que um dente. É feito um bloqueio na região, enchendo o local com solução de anestesia;

Intraligamentar: a agulha entra pelo sulco gengival, paralela ao eixo do dente, acometendo as fibra periodontais de maneira a colocar a solução do remédio no meio do ligamento periodontal.

 

(fonte: ondontoup)

 

Tipos de sedação 

Ingestão: Sedativo líquido ou spray
Inalável: gás
Intravenoso: é administrado direto na veia

Mas, na odontopediatria brasileira, o mais comum é a analgesia relativa e sedação consciente, com uso da mistura de óxido nitroso e oxigênio.

Trata-se de uma técnica de sedação que ocasiona uma diminuição mínima da consciência e não costuma apresentar riscos de efeitos adversos.

Por fim, é importante destacar que os efeitos da anestesia e sedação podem durar algumas horas após o procedimento. Por isso, é recomendado que a criança seja monitorada por um adulto responsável durante esse período.

Com a combinação adequada de anestesia, sedação, educação e confiança, a experiência odontológica pode ser uma experiência confortável e segura para crianças de todas as idades.

 

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